terça-feira, 30 de julho de 2013

Procedimento de Análises Laboratoriais - Teores de ácido ascórbico e carotenoides;


Os carotenóides compõem um dos grupos de pigmentos naturais mais extensamente encontrados na natureza, responsáveis pelas colorações do amarelo ao vermelho de flores, folhas, frutas, algumas raízes (cenoura), gema de ovo, lagosta e outros crustáceos, peixes e aves (Lima et al., 2004; Britton, 1992).
Além de serem corantes naturais dos alimentos, os carotenóides apresentam efeitos benéficos à saúde humana como atividade de provitamina A, aumento da resposta imune e redução do risco de doenças degenerativas como câncer, degeneração macular, catarata e doenças cardiovasculares (Sentanin & Rodriguez-Amaya, 2007).

A determinação de carotenóides totais, utiliza o método descrito por RODRIGUEZ-AMAYA (1999) que consiste na extração dos carotenos com acetona, armazenagem em éter de petróleo e posterior quantificação espectrofotométrica
O teor de carotenóides ocorre pelo aumento da síntese do fitoquímico durante o processo de amadurecimento da fruta, momento em que a carotenogênese é intensificada, segundo Lima et al. (2002).
Ao contrário das frutas tropicais, muitas das quais ricas em carotenóides, as frutas de clima temperado são normalmente ricas em antocianinas e pobres em carotenóides. Praticamente, as únicas frutas carotenogênicas de clima temperado são pêssego, nectarina e damasco.
Os carotenóides são localizados nos cromatogramas pelos tempos de retenção e espectro de absorção na região visível, considerando tanto os comprimentos de onda de absorção máxima (λmáx) quanto a estrutura espectral fina, expressa em percentagem  (% ). A percentagem ( %)  é a razão entre a altura do pico de absorção no comprimento de onda mais longo e o pico do meio, tomando o mínimo entre os dois picos como linha de base, multiplicada por 1003.


O ácido ascórbico (AA), também conhecido como vitamina C, é uma das substâncias com maior significado para a nutrição humana e é encontrado nos frutos frescos, principalmente nos cítricos (LEE; KADER, 2000)
O ácido ascórbico é conhecido como promotor de numerosos processos químicos, bioquímicos e fisiológicos, tanto em animais como em plantas. Desempenha várias funções no organismo relacionadas ao sistema imune, formação de colágeno, absorção de ferro, inibição da formação de nitrosaminas e atividade antioxidante. O seu conteúdo pode ser influenciado pelo tipo de solo, forma de cultivo, condições climáticas, procedimentos agrícolas para a colheita e armazenamento. Além disso, o ácido ascórbico, em sua forma pura, é bastante instável, sendo facilmente destruídos por oxidação, particularmente temperatura elevadas, luz, umidade, alcalinidade, catalisadores metálicos e danos físicos (O’Keefe, 2001; Silva et al., 2004).
O ácido ascórbico é sensível ao calor, oxidação, dessecação, armazenamento, alcalinidade do meio. É utilizado como aditivo alimentar para preservar a qualidade do alimento que não o contém naturalmente, pois além de torná-lo mais nutritivo atua como antioxidante (FRANCO, 2004).

Os métodos clássicos para a determinação do ácido ascórbico baseiam-se no seu forte poder redutor, tendo como método oficial o que utiliza solução de 2,6-dicloroindofenol (AOAC Official Method, 1998), além de outros métodos, como o que emprega uma solução de iodo para reduzir o ácido ascórbico (INSTITUTO ADOLFO LUTZ, 2008).
Na literatura, são encontrados também métodos espectrofotométricos, (QUINÁIA, 2007; BURDURLU, 2006), eletroquímicos, fluorimétricos, cromatograficos e quimioluminescentes, que são empregados para quantificação de ácido ascórbico. A quantificação pelo método espectrofométrico baseia-se na titulacao espectrofotométrica que pode ser realizada de forma direta ou indireta (titulação de retorno). A utilização destes métodos tem por objetivo aumentar a sensibilidade analítica na quatificação do ácido ascórbico e alguns deles foram automatizadas (YAZDINEJAD, 2007).




REFERÊNCIA

LIMA, A.L.S; LIMA, K.S.C.; COELHO, M.J.; SILVA, J.M.; GODOY, R.L.O.; PACHECO, S. Avaliação dos Efeitos da Radiação Gama nos Teores de Carotenóides, Ácido Ascórbico e Açúcares do Fruto Buriti do Brejo (Mauritia flexuosa L.). 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/aa/v39n3/v39n3a20.pdf>. Acesso em: 30 de jul. de 2013

ALMEIDA, C.B.; MANICA-BERTO, R.; FRANCO, J.J. PEGORARO, C.; FACHINELLO, J.C.; SILVA, J.A. Comparação do teor de carotenóides em frutos nativos de regiões tropicais e temperadas. Dísponível em: <http://www.ufpel.tche.br/cic/2009/cd/pdf/CA/CA_01237.pdf> Acesso em: 30 de jul. de 2013

ROCHA, E.M.S.; POGGERE, P.A.; LOPES, A.;THOMAZINI, M.H.; LENZ, G.F; SILVA, L.C.; MARTIN, C.A. Quantificação de Ácido Ascórbico em Frutos de Acerola (Malpighia sp) – Revisão Bibliográfica. 2011. Disponível em:<http://www.utfpr.edu.br/toledo/estrutura-universitaria/diretorias/dirppg/anais-do-endict-encontro-de-divulgacao-cientifica-e-tecnologica/anais-do-iii-endict/QUANTIFICACaO%20DE%20ACIDO%20ASCORBICO%20EM%20FRUTOS%20DE%20ACEROLA%20_Malpighia%20sp_%202013%20REVISaO%20BIBLIOGRAFICA.pdf>. Acesso em: 30 de jul. de 2013

SILVA, A.M.L.; MARTINS, B.A.; DEUS, T.N. Avaliação do Teor de Ácido Ascórbico em frutos do Cerrado durante o amadurecimento e congelamento. 2009. Disponível em: <http://seer.ucg.br/index.php/estudos/article/viewFile/484/825> Acesso em: 30 de jul. de 2013

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